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quinta-feira, 19 de maio de 2011

DROGAS-A PROMOÇÃO DA ABSTINÊNCIA

   A "Fase de Promoção de Abstinência" pode ser considerada o inicio do tratamento propriamente dito, embora o processo de recuperação já tenha início no momento em que o indivíduo inicialmente entra em contato com o sistema de saúde. Esta fase compreende a abordagem do paciente (descrita neste Blog) e inclui as decisões e orientações fundamentais para que ocorra a reabilitação do paciente.
   Uma das primeiras decisões da fase é a estratégia terapêutica a ser empregada; ambulatório ou internação? Internação pode ser aceita como a definição concreta da promoção de abstinência, por afastar o indivíduo de seu habitat ( que inclui os ambientes de consumo e a própria droga). As situações em que o tratamento em regime de internação são obrigatórias estão descrita nesta tabela abaixo:
Tabela-1 indicação de tratamento hospitalar para dependentes de drogas:

1-Paciente com ameaça de suicídio ou comportamento auto-destrutivo
2-Paciente que ativamente ameaça a integridade física de outros
3-Paciente com sintomas psiquiátrico graves (psicose, depressão, mania)
4-presença de complicações clínicas importantes
5-Necessidade de internação por dependência de outra substância (ex. desintoxicação do álcool
6-Falhas decorrentes de promoção da abstinência em nível ambulatorial
7-Não possuem suporte social algum, ou seja, seus relacionamentos são exclusivamente com outros usuários


   A internação geralmente está mais indicada em casos mais severos, por se constituir em refúgio mais seguro para pacientes menos capazes de resistir por conta própria às "fissuras" pelo consumo de drogas. Deve-se enfatizar, porém, que a internação não é tratamento per se, mas exclusivamente uma estratégia (modalidade terapêutica) para a promoção da abstinência, que é apenas a parte inicial do tratamento. Para que algum resultado seja obtido, a internação deve estar obrigatoriamente vinculada a seguimento ambulatorial e a grupos de auto-ajuda. A recuperação do paciente começa, e não termina com a promoção da abstinência, ao contrário de que muitos pensam. Este aspecto é de fundamental importância, merecendo destaque a necessidade de elaboração de rede assistencial com alternativas terapêuticas ( modalidades e métodos diversos) atuando de forma integrada.

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